O esotérico na música do Yes

O esotérico na música do Yes

10 de Agosto, 2018 0 Por Claudio Rangel

O esotérico também está na música do conjunto britânico Yes. O meu primeiro contato com a música da banda se deu por volta de 1974. Ouvi  Ritual, do LP duplo Tales of Topografic Ocean em um programa alternativo na rádio JB. Detestei.

Mas foi só por um momento. Depois de algumas outras audições, o grupo passou a ser um dos meus preferidos. A “Ciência Revelação de Deus” é outra faixa que faz a ligação entre a música do Yes e o pensamento esotérico. Principalmente naquela época, fase áurea de organizações esotéricas no Brasil, como a AMORC.
A obra foi dominada pela criatividade do guitarrista Steve Howe e do cantor Jon Anderson. Talvez por isso surgiu uma crise que culminou com a primeira saída de Rick Wakeman da banda, após a excursão de lançamento do disco.
Conseqüentemente, o LP duplo, com apenas quatro músicas, provocou opiniões divergentes. Uns contra e outros a favor. Mas o fato é que Tales of Topographic Oceans obteve discos de ouro e o primeiro lugar em paradas de sucesso pelo mundo do rock progressivo.

“Sou uma encarnação de um músico atlante”, Jon anderson

O que tem de esotérico nesta obra? Talvez seja Jon Anderson. Porque o cantor e compositor já declarava, naquela época, ser uma encarnação de um músico atlante. Além disso, basta considerar os primeiros versos de The Revealing Science of God: “A Ciência Revelação de Deus” pode ser vista como uma flor sempre se abrindo em que verdades simples emergem e examinam as complexidades e a magia do passado”. E continua: “E como não devemos esquecer a música que foi deixada para nos ouvir. O conhecimento de Deus é uma busca, constante e clara”.

Pensamento esotérico

Ainda mais, outras faixas fazem referências ao pensamento esotérico, como o verso de Ritual – “Nós somos o Sol”. E sobre esta música, Jon Anderson disse, em entrevista ao site examiner.com:

“Somos fisicamente parte do Sol. O Sol nos dá energia, cria o nosso mundo. Somos do Sol. E não importa quantas vezes eu ouço os cientistas dizerem, “Oh, isso é impossível”. Quando eu assisti “Contatos Imediatos” e vi aquelas naves espaciais voando, eu pensei: “Veja! Eles não tem que olhar como naves espaciais!… A ideia era que o Sol é tão poderoso que sem ele não somos nada. E a outra coisa era: quem sabe do que a “música” é criada? A música continua através de diferentes experiências de vida. Estamos passando por uma agora. E nossa alma é eterna e que não devemos saber”.

Além disso, outro ponto a considerar é a capa do álbum. Trata-se de obra de Roger Dean. A arte lembra um cenário alienígena com um templo piramidal maia ao fundo.
Tales of Topographic Oceans é uma verdadeira viagem interior através da música.

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